O que é Setembro Amarelo?
Setembro Amarelo é uma campanha que possui como intuito realizar um debate sobre o suicídio, trazendo a tona suas causas, tabus, e principalmente, como prevenir, pois segundo a OMS, 90% dos suicídios poderiam ser prevenidos com ajuda psicológica. Vamos falar sobre isso?
Definição de Suicídio
O suicídio pode ser definido como uma ação intencional e consciente realizada pelo próprio indivíduo cujo intuito é a morte, mesmo que de forma confusa, utilizando de meios ou recursos que o próprio acredita ser fatal. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) cerca de 800 mil pessoas morrem de suicídio no mundo, ou seja, 1 morte a cada 40 segundos, sendo a maior parte das vítimas jovens entre 15 e 29 anos.
Acredita-se que para cada suicídio, há mais pessoas que tentam suicidar-se. Essa é uma proporção variável em que os fatores incluem o país, idade, sexo e método.
O suicídio é uma questão de saúde pública e merece atenção nos 365 dias do ano.
Fatores de Risco
O suicídio está diretamente relacionado a doenças mentais, como depressão, transtorno bipolar, transtornos mentais associados ao abuso de álcool, drogas ou outras substâncias, transtorno de personalidade, esquizofrenia, etc. Entretanto, é importante destacar que estes não são os únicos fatores de risco, devemos nos atentar a outros indícios:
Aspectos psicológicos:
- Perda recente
- Baixa resiliência
- Personalidade impulsiva, agressiva, humor instável
- Histórico de abuso físico ou sexual
- Desesperança, desespero, desamparo
- Conflitos de identidade sexual
Aspectos sociais:
- Gênero masculino
- Idade entre 15 e 30 anos e acima de 65 anos
- Sem filhos
- Moradores de áreas urbanas
- Desempregados ou aposentados
- Solteiros, separados ou viúvos
- Populações especiais: indígenas, adolescentes, e moradores de rua.
Condição de saúde limitante:
- Doenças orgânicas incapacitantes
- Dor crônica
- Doenças neurológicas (epilepsia, Parkinson, hungtinton)
- Trauma medular
- Tumores malignos
- AIDS
Esteja atento aos sinais
Pessoas com tendências suicidas apresentam sinais que muitas vezes se manifestam ao mesmo tempo e que chama a atenção dos familiares e amigos próximos. Tais sinais não devem ser interpretados como dramas, ameaças ou chantagens emocionais, mas sim como avisos reais.
É comum pessoas que estão sob risco de suicídio falarem habitualmente sobre morte e suicídio, afirmam se sentirem desesperançosas, culpadas, com falta de autoestima e possuem uma percepção negativa e pessimista sobre sua vida e futuro. Ideias essas podem ser manifestadas de forma verbal, escrita e até por meio de desenhos.
Como Ajudar?
Converse
Em um momento oportuno, em um lugar calmo e adequado, ouça a pessoa com a mente aberta e sem julgamentos. Indique a linha sigilosa para apoio emocional 188 (gratuita em todos os estados brasileiros, acesse www.cvv.org.br)
Acompanhe
Fique em contato para acompanhar como a pessoa está se sentindo e o que está fazendo
Busque ajuda profissional
Incentive a pessoa a procurar ajuda profissional e ofereça-se para acompanhá-la a um atendimento em Unidades Básicas de Saúde, CAPS, e serviços de emergência (SAMU 192, UPA 24H, Pronto Socorro e Hospitais)
Projeta
Se há o risco imediato, não a deixe sozinha e garanta que a pessoa não tenha acesso a meios para provocar a própria morte (pesticidas, armas de fogo, medicamentos, etc)